Sunday, July 3, 2011

Dia 20/11/2010 (Sábado) – Hotéis da Disney: Animal Kingdom Lodge, All-Star e Caribbean Beach.


Na noite anterior dormimos muito tarde. E como a Ellerim tinha dormido no quarto da mãe, e elas tinham saído cedo para o Busch Gardens, a gente não tinha compromisso. Acabamos saindo do hotel perto das dez horas. Nosso destino era o Animal Kingdom Lodge, e eu estava ansiosa pra conhecer esse hotel. Será que era realmente espetacular como diz a propaganda? Bom, pegamos nossas Mugs, nosso carro e nosso mapa e saímos para descobrir. A gente tava sem GPS, porque emprestamos para a Rô, mas isso não é problema dentro das terras da Disney. Tudo é muito bem sinalizado. Mas eu achei bom passar na Concierge do Pop e pegar um mapa (eu trouxe alguns desses mapinhas, que de um lado tem o Mapa das terras da Disney e do outro um mapa de Orlando). Mesmo assim passamos reto na primeira vez, e acabamos num lugar só para funcionários. Mas demos a volta e logo chegamos. Como a gente tinha no painel aquela folhinha de estacionamento que eles dão para hóspedes, os guardas só abrem a cancela, sem perguntar nada. Entrando no estacionamento já vimos que tem dois caminhos, um para valet parking e outro para self parking, e só o segundo é gratuito, e fica bem mais longe da entrada. Quando chegamos na frente do hotel tinha uma fila enorme de carros e pessoas. Bom, prova de que, na Disney, até os ricos pegam filas! Daí que me dei conta de que era sábado, e parecia ser todo mundo americano (já anotei a dica: nunca fazer check in aos sábados). Já na entrada, no local onde os carros chegam, tem um mosaico africano enorme no chão. E dali pra diante tudo tem motivo africano. É bem impressionante. Já entramos no Lobby, e é ENORME. A decoração é exatamente como vemos nas fotos, tudo muito grande. E é muito lindo mesmo. Ouvi dizer que os imagineerings ficaram quase dois anos viajando para a África para fazer o parque e o hotel, e o resultado foi bem legal. Tem bastantes cast members africanos trabalhando lá, e são uma simpatia. 





Olhamos o mapa do hotel, mas eu estava perdida, não entendi nada. A gente queria encontrar o restaurante Quick Service, mas não achamos, eu não conseguia me orientar.


Começamos a andar pelo caminho que parecia no mapa, mas acabamos num corredor de quartos (e vimos um quarto por dentro, legal, mas nada de extraordinário). Perguntei então para uma camareira, que foi muito simpática. Pelo jeito estávamos no lugar certo, mas no andar errado, e ela apontou para o final do corredor e mandou a gente ir para o “fóst floor”. Bom, eu disse pro Mauro pra gente entrar no elevador e procurar nos andares algo parecido com “fóst”, que devia ser alguma coisa em algum andar... mas dentro do elevador não tinha nada escrito... perguntei pra outra camareira que apareceu, e então entendi que “fóst” era na verdade “first”. Bom, daí foi fácil, descemos para o primeiro andar e já chegamos na piscina, e o restaurante era bem na frente. Os restaurantes Quick Service dos hotéis chiques são bem simples na verdade. Como os hotéis econômicos só tem um restaurante Self/Quick Service, o restaurante é sempre bem legal, com várias opções. Mas os hotéis luxuosos tem dois ou três restaurantes Table Service, então os Quick Serice são pequenos, só com uma lanchonete, bem mais simples que os dos hotéis econômicos. Como já passava das dez e meia, pegamos um café quase almoço com nosso dining plan. Escolhemos aqueles cafés completos, que vem um pão de batata, hamburger, salsicha, bacon, batata assada, uma coisa enorme! É gostoso, mas é bem diferente para o nosso paladar, principalmente aquele hambúrguer, que eles chamam de sausage (arrrg). Pegamos café com nossas Mugs, e algumas manteigas e geleias, e fomos para o lado de fora, aproveitar para sentar perto da natureza (que tem de monte nesse hotel). Comemos com vários passarinhos ao redor, tentando pegar as migalhas de pão. O clima estava bem gostoso, e achamos que foi uma ótima ideia esse passeio. Um lugar muito bonito, e um pouco diferente do que eu imaginava. Eu pensava que ia ter um ar de floresta, como o parque, mas na verdade é muito mais uma savana, com pouca vegetação. É tudo bem marrom, cor de areia. Quando terminamos, uns 40 minutos depois, fomos até a piscina. É legal, mas não tem nada de extraordinário (as piscinas do Polynesian, Caribbean Beach, BoardWalk Inn e até dos econômicos são mais legais). 



Logo na frente da piscina já tem um lugar para ver os animais. Já no início tem uns flamingos, e mais longe as girafas, mas elas estavam bem escondidas nesse dia. Não sei se tem algum dia que elas ficam perto do hotel, como a gente vê nas fotos, mas nesse dia tivemos azar, e elas estavam bem longe (talvez por causa do horário, meio dia).




Todo o hotel tem vários observatórios para ver os animais, em todos os andares. A gente chega nesses observatórios pelos corredores dos quartos. Voltamos para o lobby, e fomos conhecer o outro lado do hotel, que tem um observatório grande, no meio da savana. Dali vimos gnus, antílopes e gazelas. Vários quartos possuem varandas para essa parte (imagino que estes são os quartos mais caros). 





Foi um passeio bonito. É incrível o trabalho dos imaginierings nesse hotel. Tudo é muito grandioso. Valeu a visita! Depois de passearmos por tudo, seguimos para o All-Star. Eu queria tirar a teima para ver se é ou não melhor que o Pop. Decidimos estacionar no Movies, que sempre foi meu sonho conhecer antes mesmo de o Pop existir. 


Visitamos já o Lobby e o restaurante. Minha primeira impressão é que o Pop é bem mais alegre, mais claro e mais colorido. Além disso, a lojinha do Pop é bem mais legal, porque fica entre o Lobby e o restaurante, enquanto a do All-Star fica do lado, numa sala fechada. E o All-Star tem uma baia a menos no restaurante. Saímos para a piscina, que é muito linda, mas a pintura parecia meio desbotada. Conhecemos a parte do Fantasia. Não sei, não gostei muito daquele palhaço gigante, achei meio assustador. Já a parte do Herbie é bem legal, com uma área molhada. Essa área fica bem longe do Lobby. 




Dali fomos para o quarto do Andy. Tem um playgrownd no caminho, e antes da porta de entrada já vemos aquele carrinho de corrida de controle remoto, que dá para as crianças entrarem. Bom, esta parte eu achei fenomenal! Deu vontade de ficar no All-Star só para ficar ali, na parte do Toy Story, com o Woody e o Buzz gigantes. É realmente linda essa área. 



O restante do hotel eu achei legal, mas não fenomenal. Acho que é meio parecido com a parte dos anos 80 e 90 do Pop. É tudo lindo, mas a gente espera mais (como estamos mimados né!). Eu acho que eles deveriam fazer todas as tematizações assim como a do Toy Story, usando personagens que as crianças realmente amem. Parece que o novo hotel Art of Animation vai ser assim, com áreas dos Carros, Pequena Sereia, Procurando Nemo e Rei Leão, ou seja, nenhuma área mais ou menos. Bom, mas na verdade o hotel é lindo, só que eu vi com olhos de comparação, para decidir se numa próxima viagem ficaríamos ali para variar ou voltaríamos ao Pop. E acho que no geral eu prefiro ainda o Pop. Ainda mais que nessa época vimos vários quartos ainda não renovados, e que pareciam bem mais antigos que os do Pop. A duas vantagens que eu achei do All-Star foram o sistema de ônibus que não parece tão cheio, e o clima no inverno, que no All-Star é bem mais quente (o que é uma desvantagem no verão). Antes de conhecer, eu achava que deveria ser bem fácil passar de uma All-Star par ao outro, e que isso seria uma vantagem de ficar ali (poder fazer as refeições ou usar a piscina cada dia em um). Mas acho que na correria do dia a dia isso não é praticável. É muito longe, e tem que passar pelos estacionamentos. Estava quente e levamos o maior suadouro indo de um para o outro. Pior foi ter que voltar depois! Ainda bem que eu tinha levado uma bermuda para trocar pela calça. O Sports deve ser muito legal para quem viaja com meninos. É uma opção legal, já que a maioria das coisas são sempre para as meninas. Mas não achamos muitos atrativos no Music, achamos o menos bonito (porque, sim, também é lindo). Com certeza o mais lindo é o Movies. Mas os três são muito parecidos. Muda só a tematização mesmo. O Mauro achou que é igual, ficar no Pop ou no All-Star, mas eu ainda acho o Pop mais legal... mas não a ponto de pagar mais caro por isso. Ou seja, no final, tanto faz mesmo. Quando terminamos a visita, estávamos muito cansados de caminhar no asfalto pelos estacionamentos pra lá e pra cá. Resolvemos então de desistir do Coronado Springs e ir direto para o Caribbean Beach. 


Eu tinha bastante expectativa para conhecer este hotel, porque sempre tive vontade de um dia trocar um Value por um Moderate. A mãe e a Séfora (minha irmã) já ficaram no Port Orleans e dizem que é mais legal ficar no Pop. Mas eu queria ver por mim mesma. O hotel tem um lago gigante, e ao redor ficam várias ilhas do Caribe (que são as áreas do Hotel): Jamaica, Trinidad, Martinica, Barbados, Aruba. Bem na entrada, paramos no Lobby (Custom House). Eu achei estranho, porque era bem pequenininho, e era só o Lobby... ou seja, não tinha nem Arcade (fliperama) nem restaurante. O atendimento, claro, foi ótimo, e já pegamos um mapa. Fomos seguindo de carro para procurar a piscina principal e o restaurante Geral, Quick Service, onde fica também a lojinha (Old Port Royale).


Fomo de carro porque o hotel é gigantesco, e as áreas ficam tão longe umas das outras que precisamos ir de carro ou de ônibus (cada área tem seu ponto de ônibus). Quando chegamos no restaurante eu fiquei encantada. Parecia uma cidadezinha mexicana, cheia de barraquinhas. A tematização é lida. E a lojinha fica junto, e é muito bonitinha também. A comida é ótima, e tem bastante opção. Muito melhor que os restaurantes Quick Service dos hotéis luxuosos, e mais legal do que os econômicos também. Aproveitamos para almoçar, pois já era perto das três da tarde. Comemos uns sanduiches em baguetes, e de sobremesa tomamos sorvete, tudo do Dining Plan. 







Saímos do restaurante direto para a piscina, e é maravilhosa. Acho que é uma das piscinas mais legais de todos os hotéis. Tem uma piscina grande com tobogã, e a piscina das crianças tem um navio pirata naufragado. Tudo isso de frente para o lago, com vários esportes aquáticos e lanchas para alugar. Essa parte do hotel é muito encantadora. 












Mas sabe de uma coisa. Depois de visitar todos esses hotéis, nós concluímos que, com crianças pequenas, os hotéis econômicos são bem melhores que os moderados. Nesse hotel você fica tão longe de tudo que sempre precisa do carro ou de ônibus, e isso pode ser um problema com os pequenos. E o Lobby fica separado do restaurante! No econômico, a gente quer resolver alguma coisa no Lobby (quase todos os dias tem alguma coisa, alguma informação, ou reserva pra fazer, compras para pegar). Enquanto um fica no restaurante ou lojinha, o outro vai no Lobby, ou a criança fica vendo TV enquanto resolvemos as coisas. Já num hotel como o Caribbean, você não tem esta opção. Acho que o Lobby concentrado (Lobby, restaurante, banheiros, lojinha, fliperama, sala de TV, tudo na frente da piscina) faz com que a viagem fique bem mais simples. Principalmente quando estamos com crianças, ou quando chegamos cansados no hotel. Além disso, a tematização não é da Disney. Então, talvez valha a pena para casais ou adolescentes, principalmente por causa dos esportes aquáticos, mas eu continuo preferindo me hospedar nos econômicos. Bom, já os luxuosos são outra história... quem dera meu orçamento permitisse! Depois de passear bastante por toda piscina, fomos dar a volta completa de carro no hotel. É tudo muito bonito, e vale a pena conhecer. 




Mas estava muito quente, e já passavam das quatro, por isso resolvemos encerrar as visitas nesse dia, e voltar para o Pop para começar a arrumar malas. Depois eu fiquei meio arrependida de ter dado ouvidos ao cansaço, pois ainda queria conhecer o Coronado Springs, o Wilderness Lodge e o Port Orleans. Mas pensando bem, nessa viagem conhecemos vários hotéis: Saratoga Springs, Boardwalk Inn, Beach Club, Yacht Club, Swan, Dolphin, Animal Kingdom Lodge, Polynesian, Grand Floridian, All-Star e Caribbean Beach. Então, já estava de bom tamanho para uma viagem. Quando chegamos no Pop estava ventando muito, e estava bem fresquinho. Foi aí que me convenci de vez que o Pop é realmente mais frio que os outros hotéis e parques, o que faz com ele seja um ótimo hotel para o verãozão. Tomamos banho e o Mauro então começou a árdua tarefa de arrumar as malas. Eu ajudo só separando as coisas e tirando todas as embalagens. O resto ele faz sozinho, porque ele tem um talento pra isso. Parece que ele vê tudo como um quebra-cabeças, e vai montando peça por peça. O problema é que ele arruma tão bem que normalmente cabe tanta coisa que a mala passa dos 32kg. Por isso a balança digital foi uma das nossas melhores compras. Ele consegue deixar as 4 malas com 31,9Kg. Mesmo tirando todas as embalagens (eu tiro até as etiquetas das roupas, e todas as caixas, plástico, tudo) ainda conseguimos voltar sempre com o peso no limite. Mas dessa vez a Ellerim também tinha direito a duas malas, então foi bem mais folgado. Usamos apenas 5 dos 6 volumes que poderíamos ter usado, e nem precisamos expandir as malas, uma tranquilidade. Eu só arrumei uma mala para nós três com as roupas que iríamos usar em Miami, e que seria a mala mais vazia, pois ainda queríamos fazer algumas comprinhas lá. E o Mauro se encarregou das outras 4 malas, para já deixá-las prontas para o retorno. Nessa viagem eu levei bastante coisa que ficaria lá (roupas e sapatos velhos, principalmente da Ellerim), e tudo isso ficou na mala que eu arrumei. Claro que eu terminei logo, e fui para o restaurante para deixar o Mauro trabalhar em paz (afinal, não é uma parte muito divertida). O dia de arrumar as malas deveria ser o dia seguinte. Mas como não tínhamos ingresso para nenhum parque para esse dia, e o dia seguinte iríamos só de noite para o Magic Kingdom, depois de arrumar as malas, resolvemos mudar a programação, e começar a arrumar as malas no sábado, terminar no domingo de manhã, e já ir para o Magic Kingdom depois do almoço, para aproveitar bem o nosso último dia de Disney. Sabe, nós tínhamos comprado 8 dias de ingressos para 10 dias de hotel, porque neste dia e no dia de Downtown não iríamos a nenhum parque, e achei que 8 ingressos estava mais do que bom. Mas nesse dia eu me arrependi muito de não ter comprado mais um dia. Cada dia de ingresso a mais depois do quinto dia custa só US$ 5, e a gente poderia ter ido assistir um show de fogos, ou ter dado uma passadinha rápida no Hollywood Studios para ver de novo o show de luzes. Mas não deu pra fazer nada disso porque a gente não tinha ingresso sobrando. Foi uma pena, e nesse dia decidi que sempre que ficar nos hotéis da Disney vou comprar ingressos para todos os dias, mesmo que acabe não usando. Perder US$ 10 ou US$ 15 é melhor do que perder a oportunidade de dar uma passadinha num parque para assistir um show ou jantar em algum dos países do Epcot. Bom, mas também é gostoso curtir um pouco o hotel. Eu fui na lojinha, que eu amo de paixão. Depois comi um salmão com risoto. É uma delícia esse prato, e o risoto não é temperado demais, então é gostoso comer um pouco de arroz. Depois de comer, peguei um prato igual para o Mauro, e levei pra ele comer no quarto (eles dão uma tampa de plástico para colocar no prato, e deixam levar uma bandeja para o quarto). Depois que ele comeu, voltei para o restaurante para deixar a bandeja, e pegar café. O Mauro conseguiu fazer um bom tanto das malas, mas o quarto ficou intransitável. A mãe e as crianças chegaram quase dez horas da noite. Na volta do Busch Gardens elas foram para o Wal Mart de Kissimmee, e não conseguiam voltar para o hotel, porque o GPS ficava mandando elas entrarem numa saída que era exclusiva de sunpass (que elas esqueceram de comprar), e elas ficaram dando voltas no mesmo lugar umas três vezes até conseguirem pegar outra saída. E, claro, a culpa era do GPS... A Ellerim estava super cansada, mas bem feliz. A mãe disse que elas não fizeram muitas coisas, e que ela achou que o parque não vale mais muito à pena para quem não gosta dos brinquedos radicais, mas a Ellerim disse que se divertiu. Teve uma hora que a Ellerim entrou no labirinto e fugiu da mãe, e a mãe ficou apavorada e entrou correndo no labirindo e subiu tudo correndo berrando desesperada enquanto a Ellerim ria e fugia cada vez mais. Coitada da mãe... com 63 anos não é fácil ficar correndo atrás de criança em labirinto. No final, foi todo mundo dormir um pouco tarde, com a expectativa do nosso último dia em Orlando!